Neste tutorial, você irá aprender mais sobre a BNCC e sua estrutura. Legal, não é? Então vamos lá!

Introdução:

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo que estabelece diretrizes e objetivos de aprendizagem para a educação básica no Brasil. Para o Ensino Fundamental, a BNCC representa uma ferramenta crucial para garantir que todos os alunos tenham acesso a uma formação de qualidade, com conteúdos relevantes que promovam o desenvolvimento integral. Este documento visa assegurar uma educação equitativa e inclusiva, alinhando os conhecimentos e habilidades essenciais para o século XXI. A BNCC orienta os currículos das escolas, propondo uma abordagem integrada entre as disciplinas e favorecendo a contextualização dos conteúdos. Isso prepara os estudantes para os desafios da vida cotidiana, do mundo do trabalho e da cidadania. Compreender os princípios da BNCC e sua implementação é fundamental para impactar positivamente o ensino e a aprendizagem no ambiente escolar.

BNCC Ensino Fundamental — Anos Iniciais

O que a BNCC Ensino Fundamental — Anos Iniciais traz de novidade?

A BNCC Ensino Fundamental — Anos Iniciais abrange a primeira etapa do segmento, incluindo estudantes e professores do 1º ao 5º ano. Os Anos Finais contemplam alunos e professores do 6º ao 9º ano. Embora façam parte da mesma Base da Educação Básica, a BNCC Ensino Fundamental — Anos Iniciais e Anos Finais possuem pontos em comum que garantem um percurso de aprendizagem contínuo, como a divisão por áreas do conhecimento, componentes curriculares e unidades temáticas.

Confiramos alguns desses pontos!

• Áreas do Conhecimento:

A BNCC organiza o Ensino Fundamental por áreas do conhecimento, favorecendo a comunicação entre os conteúdos. As áreas previstas são:

1. Linguagens
2. Matemática
3. Ciências da Natureza
4. Ciências Humanas

Cada área tem competências específicas que devem ser promovidas ao longo do Ensino Fundamental. Conforme a BNCC, “as competências específicas possibilitam a articulação horizontal entre as áreas e a articulação vertical entre os Anos Iniciais e Finais, considerando as especificidades dos alunos.” Assim, cada área desempenha um papel fundamental na formação integral dos alunos.

As disciplinas que antes conhecíamos agora são chamadas de componentes curriculares. Por exemplo, a Língua Portuguesa é considerada um componente curricular da área de Linguagens. Aqui estão os componentes curriculares da BNCC:

Cada componente curricular possui um conjunto de habilidades relacionadas aos objetos de conhecimento (conteúdos, conceitos e processos), organizadas em unidades temáticas.

Com a BNCC, a abordagem dos conteúdos em sala de aula passou a ter um novo foco, estruturando-os em unidades temáticas que reúnem conteúdos relacionados. Essas unidades estão presentes em praticamente todos os componentes curriculares ao longo do Ensino Fundamental. Por exemplo, a unidade temática “Matéria e Energia” em Ciências é abordada do 1º ao 9º ano, com adaptações nos objetos de conhecimento e nas habilidades exigidas para cada etapa. Segundo a BNCC:

"Respeitando as muitas possibilidades de organização do conhecimento escolar, as unidades temáticas definem um arranjo dos objetos de conhecimento ao longo do Ensino Fundamental adequado às especificidades dos diferentes componentes curriculares."

Com base nessas unidades, o conteúdo abordado em um ano pode ser retomado e ampliado nos anos subsequentes, permitindo que os professores trabalhem novas habilidades integradamente e contextualizada.

É importante ressaltar que apenas o componente Língua Portuguesa, da área de Linguagens, não está estruturado em unidades temáticas. Ele se organiza em práticas de linguagem (leitura/escuta, produção de textos, oralidade e análise linguística/semiótica), campos de atuação, objetos de conhecimento e habilidades.

Alfabetização:

Um dos aspectos que mudam com a BNCC Ensino Fundamental — Anos Iniciais é a abordagem da alfabetização. Com a implementação da Base, agora é fundamental que toda criança esteja plenamente alfabetizada até o final do 2º ano. Essa mudança representa uma antecipação em relação ao que era estipulado anteriormente, que era até o 3º ano, conforme o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC).  

Dessa forma, nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, o foco das atividades pedagógicas deve estar na alfabetização. A BNCC sistematiza esse processo em tópicos que destacam as competências e habilidades que as crianças devem desenvolver. Aqui estão algumas delas:

• Compreender as diferenças entre escrita e outras formas gráficas (outras maneiras de representação);
• Dominar as convenções gráficas, como o uso de letras maiúsculas e minúsculas, tanto na escrita cursiva quanto na impressa;
• Conhecer o alfabeto;
• Entender a natureza alfabética do nosso sistema de escrita;
• Dominar as relações entre grafemas e fonemas;
• Decodificar palavras e textos escritos;
• Ler, reconhecendo as palavras globalmente;
• Ampliar a capacidade de leitura para compreender porções maiores de texto, desenvolvendo fluência e rapidez (fatiamento).

É importante lembrar que, ao final do 2º ano, isso não significa que o aluno deve sair escrevendo tudo corretamente. O objetivo é que ele desenvolva as competências e habilidades listadas acima.

Nos anos seguintes, o processo de alfabetização será complementado com um foco maior na ortografia, ampliando ainda mais os conhecimentos e as habilidades linguísticas do estudante.

Quais são as 10 Competências Gerais da BNCC?

A Base Nacional Comum Curricular, a BNCC, orienta todo o ensino brasileiro, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, garantindo que cada etapa tenha objetivos e metodologias específicas para o desenvolvimento dos estudantes. Vejamos como isso funciona em cada uma dessas fases por meio das ilustrações a seguir.

                                                     Relacionamento com Disciplinas e Estrutura Escolar:

2. Organização das Turmas segundo orienta a BNCC: 

A BNCC orienta que a organização das turmas deve considerar a faixa etária e o desenvolvimento dos alunos, promovendo atividades adequadas para cada etapa, como na Educação Infantil e no Ensino Fundamental. As turmas devem ser formadas de maneira inclusiva, garantindo que todos os alunos tenham oportunidades iguais de aprendizado, independentemente de suas diferenças. Além disso, é importante incentivar a interação e a colaboração entre os estudantes, ajudando a desenvolver habilidades sociais. A organização deve ser flexível, permitindo que as escolas ajustem as turmas de acordo com suas realidades. No Ensino Médio, a BNCC introduz itinerários formativos, permitindo que os alunos escolham áreas de interesse para um aprendizado mais personalizado.

3. Planejamento Pedagógico:

No planejamento pedagógico, a BNCC serve como base para os professores elaborarem suas aulas de maneira integrada e focada em competências específicas. Ela ajuda a definir quais são os objetivos de cada aula, como abordar os conteúdos e de que maneira avaliar o progresso dos alunos. Isso garante que o ensino seja mais coerente, claro e alinhado com as expectativas educacionais de cada etapa.

Conclusão:

Este tutorial sobre a estrutura da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) demonstrou como a BNCC orienta a educação brasileira de maneira integrada e coerente. A BNCC fornece diretrizes claras para a organização das turmas, respeitando as características de desenvolvimento dos alunos e promovendo um ambiente inclusivo e colaborativo. A ênfase na interdisciplinaridade e na conexão entre disciplinas torna o aprendizado mais significativo, preparando os estudantes para os desafios do mundo atual. Além disso, a flexibilidade nas práticas pedagógicas permite que as escolas adaptem suas abordagens às necessidades de suas comunidades. Ao seguir os princípios da BNCC, educadores e instituições de ensino têm a oportunidade de garantir uma educação de qualidade, formando cidadãos críticos e preparados para atuar de forma consciente e responsável na sociedade. 

Obrigado por chegar até aqui! Abraços!